sábado, 14 de maio de 2011

Saiba mais sobre a Exploração Sexual e o que e como voce pode ajudar.


Cada cidadã e cidadão tem papel fundamental na erradicação do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes em nossa sociedade. Você não pode ficar indiferente. Tenha uma atitude pró-ativa e ajude o Brasil a se livrar desse problema social que rouba a infância e adolescência de nossas crianças e jovens.
Existem diversas formas de você fazer parte dessa mobilização nacional e ajudar a combater o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Veja alguns exemplos:
  • fale com seus amigos, parentes e colegas de trabalho
  • ajude a multiplicar as informações
  • participe de projetos sociais na sua comunidade, bairro ou cidade
  • participe de instituições como o Conselho Tutelar ou Conselhos de Defesa de Direitos de Crianças e Adolescentes em sua cidade
  • exerça controle social, fiscalizando as políticas públicas existentes e verificando se elas estão sendo efetivas na redução do problema
  • organize debates em sua escola, local de trabalho, universidade
  • divulgue o site www.carinhodeverdade.org.br, e convide mais pessoas a abraçarem a causa e serem agentes dessa mobilização nacional
Não fique parado. Este é um problema que atinge a toda a sociedade. Sua solução depende da participação e do comprometimento de todos e de cada um de nós. Vamos juntos ajudar a construir um Brasil livre do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes.

Não fique indiferente quando se deparar com uma situação de violência sexual contra crianças e adolescentes!
Não permita que isso aconteça do seu lado!

Conheça as vias para combater este grave problema.

Você não deve intervir diretamente quando identificar uma situação de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes. O procedimento correto é fazer uma denúncia pelo Disque 100 – Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes, disponível em todo o País, ou buscar o Conselho Tutelar ou um Conselho Municipal de Defesa de Direitos da Criança e do Adolescente em sua cidade.
A denúncia é um importante instrumento de intervenção da sociedade no sentido de coibir a prática do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes. O Disque 100 funciona diariamente, das 8 às 22h, inclusive nos finais de semana e feriados. Qualquer pessoa pode utilizar o serviço – adultos, crianças e adolescentes – e é garantido o anonimato.
Para denunciar, você também pode entrar em contato com:
  • Polícia Militar – 190
  • Polícia Rodoviária Federal – 191
  • Delegacias especializadas ou comuns
  • Disque denúncias locais
  • Delegacias de Polícia
  • Polícia Federal
Você pode seguir o seguinte passo a passo nessa abordagem:
  • Primeiro, procure conhecer a história de vida daquela criança ou adolescente;
  • Leve em conta o ponto de vista da menina ou menino;
  • Faça com que ela ou ele se sinta acolhida/o e protegida/o;
  • Não rotule e procure a maior clareza para ajudá-la/o a entender o que há de inadequado naquela conduta e/ou comportamento.
E lembre-se: é essencial escutar com interesse a criança ou adolescente para poder ajudá-lo.

O Disque 100

O Disque Denúncia Nacional completou 7 anos em 2010 e já recebeu mais de 100 mil denúncias de violência contra crianças e adolescentes em todo o Brasil. Hoje são realizadas cerca de 80 denúncias diárias de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
Além de receber e encaminhar as denúncias, os profissionais do Disque 100 orientam como denunciar situações de desaparecimento, acionar outros órgãos de recepção de denúncias como os Conselhos Tutelares, acompanha e monitora cada denúncia além de fornecer informações e dados que podem subsidiar políticas públicas e ações de enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes.
O Disque 100 é vinculado ao Programa Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual, coordenado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e executado em gestão compartilhada com o Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes (Cecria), em parceria com a Petrobrás.
Saiba mais sobre o Cecria no http://www.cecria.org.br/

A denúncia na Internet

As novas tecnologias trouxeram novas formas de exploração sexual. Por isso, foi criado um programa específico para aprofundar a temática da pornografia e da pedofilia na internet. O aprimoramento do fluxo de encaminhamento das denúncias pela rede mundial de computadores foi pactuado com a Polícia Federal e com a organização não-governamental SaferNet Brasil. Desta forma, foi criado um serviço online para a recepção e o encaminhamento de denúncias dessa natureza.
Saiba mais sobre este serviço nohttp://www.safernet.org.br/site/denunciar
Saiba onde encontrar atendimento em caso de violência sexual.  RT

Campanha Carinho de Verdade "Eu sou contra a exploração sexual infantojuvenil e participo da campanha"

50mil tweets contra a exploção sexual - BR

A campanha Carinho de Verdade preparou um presente especial para esta Páscoa. Assim que alcançarmos 25 mil tweets, sortearemos 15 kits exclusivos com uma sacola ecobag e uma camiseta da campanha.
Para ser uma das pessoas a receber os brindes, basta você seguir o perfil oficial da campanha no Twitter, e dar RT na frase: “Eu sou contra a exploração sexual infantojuvenil e participo da campanha #carinhodeverdade! Faça parte você também. http://kingo.to/zp6”.
O sorteio dos kits será realizado assim que o site da campanha e a Página oficial da campanha noFacebook registrarem o número de 25 mil tweets. O resultado dos 15 perfis escolhidos será divulgado no dia seguinte, juntamente com as intruções para receber os brindes em casa.
A campanha “50 mil tweets contra exploração sexual” é um dos maiores movimentos sociais realizados na internet. Até 18 de maio, no Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a iniciativa servirá para alertar a população sobre a importância de denunciar e combater esse crime. É preciso que todos estejam unidos, para mudar essa realidade.
Faça sua parte.
Carinho de Verdade, um gesto contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. Abrace e divulgue esta causa!
Participe, Viralize as redes com carinho de verdade.
A atriz Paola Oliveira está com na luta contra a exploração sexual e tem um recado para você.

Nota de repúdio às piadas de mau gosto do “humorista” Rafinha Bastos


A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) vem a público manifestar sua indignação pela maneira como o “humorista” Rafinha Bastos, da TV Bandeirantes, faz piadas com os temas estupro, aborto, doenças e deficiência física. Segundo a edição desse mês da Revista Rolling Stone, durante seus shows de stand up, em São Paulo, ele insulta as mulheres ao contar anedotas sobre violência contra as mulheres.“Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra caralho. Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade. Homem que fez isso [estupro] não merece cadeia, merece um abraço”. Isso não é humor, é agressão gratuita, sem graça, dita como piada. É lamentável que uma pessoa - considerada pelo jornal The New York Times como a mais influente do mundo no twitter -, expresse posições tão irresponsáveis e preconceituosas. Estupro é crime hediondo e não requer, em nenhuma hipótese, abordagem jocosa e banalizada.

Vale lembrar que qualquer mulher forçada a atos sexuais, por meio de violência física ou ameaça, tem seus direitos violados. Não há diferenciação entre as vítimas e, tampouco, a gravidade e os danos deste crime diminuem de acordo com quaisquer circunstâncias da agressão. Assim, a SPM condena a banalização de tais preconceitos e, como organismo que visa, sobretudo, enfrentar a desigualdade para promover a igualdade entre os gêneros, a Secretaria repudia esse tipo de “humor” e qualquer forma de violação dos direitos das mulheres. Humor inteligente e transgressor não se faz com insultos e nem preconceitos. A sociedade não quer voltar à era da intolerância e, sim, dar um passo adiante.

terça-feira, 10 de maio de 2011

O tamanho da miséria extrema (Globo)

(Globo) O Ministério do Desenvolvimento Social anunciou  o critério que adotará para delimitar o universo de  miseráveis no Brasil — renda familiar de R$70 mensais por pessoa. Considerando esse valor, o número de brasileiros miseráveis chega a 16,2 milhões, de acordo com a versão preliminar do censo do IBGE, de 2010. Nada menos do que 8,5% da população.

Do total de miseráveis no Brasil, 50,5% são mulheres e 70,8% são negros (pardos e pretos).
Em 2009, o número estimado era bem menor, na faixa de 10 milhões de pessoas ou cerca de 5% da população, conforme a Pnad, do próprio IBGE.

A definição de uma linha oficial de pobreza extrema faz parte do Plano Brasil sem Miséria, que será lançado por Dilma nas próximas semanas. Apesar de a presidenta ter admitido que será muito difícil cumprir a promessa de eliminar a pobreza extrema, a ministra Tereza Campello disse que a miséria será debelada até 2014.

O Nordeste concentra a maioria dos miseráveis: 9,6 milhões, o equivalente a 18,1% dos nordestinos.

Tarefa doméstica compartilhada e aumento da licença-paternidade

Folha de S.Paulo) Em sua coluna Mercado Aberto, Maria Cristina Frias divulga que a SPM (Secretaria de Políticas para as Mulheres) planeja iniciar campanha para que os pais dividam os cuidados com os filhos. De acordo com a jornalista, outra questão defendida pela SPM é o aumento da licença-paternidade, de 5 dias para 30 dias. O incremento da licença dos pais é visto como instrumento para estreitar a diferença salarial entre os homens e as mulheres.
Matéria publicada no caderno Carreiras e Empregos anuncia que 7% das empresas dão 180 dias de licença para as mães. "No setor público, União, 23 Estados e 152 municípios concedem 180 dias de licença-maternidade às suas servidoras. No setor privado, cerca de 10,5 mil grandes empresas oferecem o benefício -6,7% das 160 mil, segundo estimativa da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria)."

"Há um projeto de lei que amplia esse tempo para 180 dias. A proposta, porém, aguarda votação na Câmara há seis meses, sem previsão para votação. Depois, segue para sanção presidencial."

3ª Conferência Nacional das Mulheres debaterá erradicação da pobreza (SPM)

(SPM) Convocada por Decreto Presidencial em 15 de março, a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres irá discutir e elaborar políticas públicas voltadas para a construção da igualdade, tendo como perspectiva o fortalecimento da autonomia econômica, cultural e política das mulheres e visando contribuir para a erradicação da extrema pobreza e para o exercício da cidadania das mulheres brasileiras.

A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) promovem a 3ª Conferência Nacional, que se inicia com as conferências municipais em 1º de julho e terminará em Brasília, com a participação de mais de três mil mulheres, em dezembro.

A 3ª Conferência terá três etapas complementares: as conferências municipais (de 1º de julho a 31 de agosto), as conferências estaduais (de 1º de setembro a 31 de outubro), as conferências temáticas (de 1º de julho a 30 de outubro) e a etapa nacional (de 12 a 14 de dezembro).

Autonomia e erradicação da pobreza
As partir de suas perspectivas e realidades locais, as mulheres debaterão a criação de uma plataforma de políticas para as mulheres nos âmbitos municipal e estadual, a partir dos seguintes eixos temáticos:

"I - análise da realidade brasileira: social, econômica, política, cultural e os desafios para a construção da igualdade de gênero, na perspectiva do fortalecimento da autonomia econômica, social, cultural e política das mulheres que contribuam para  a erradicação da pobreza extrema e para o exercício da cidadania pelas mulheres brasileiras;

II – avaliação, atualização e aprimoramento das ações  e políticas  propostas no II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, sua execução e impactos; e definição de prioridades para o próximo período. Todas as discussões da Conferência, sobre as temáticas ou sobre os documentos, deverão incorporar as dimensões de classe, gênero, étnico racial, geracional e da livre orientação e liberdade sexual da sociedade brasileira."
Leia na íntegra: 3ª Conferência Nacional das Mulheres debaterá erradicação da pobreza (SPM - 04/05/2011)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Encontro de Mulheres discute em Belém deveres e direitos


Encontro realizado no auditório do Palácio Antônio Lemos, sede da Prefeitura Municipal de Belém, discute novas políticas públicas para a mulher. Trata-se de uma ação conjunta entre a Coordenadoria da Mulher de Belém (Combel) e o Conselho da Condição Feminina (CMCF). O I Encontro de Mulheres em Ação definiu uma agenda mínima para implementar políticas publicas que efetivem os direitos humanos das mulheres e avancem na superação das desigualdades.
Para a coordenadora da Combel, Kendra Botelho, é preciso promover em âmbito municipal uma política que assegure o exercício pleno de direitos. “Nossos direitos têm que ser respeitados. Precisamos eliminar a discriminação e a violência contra a mulher , assegurando sua participação e integração no desenvolvimento econômico, político e social e promovendo a proteção e defesa de seus direitos,sem distinção”, explicou.
A coordenadoria da Mulher é uma instância do governo municipal, criada por decreto em 2010. Vinculada ao gabinete do prefeito Duciomar Costa, tem como objetivo contribuir com a promoção da eqüidade de gênero, por meio da implementação de políticas publicas que efetivem os direitos humanos das mulheres e avancem na superação das desigualdades.
No encontro foi apresentado um plano de ação para o encaminhamento de propostas para a elaboração da agenda. Kendra Botelho destacou a capacitação e a informação de agentes multiplicadores das políticas públicas; a realização de palestras com temas da área de saúde e direitos humanos, além de uma ampla explicação sobre a Lei Maria da da Penha. A coordenadora do Combel também anunciou a criação da Feira da Mulher, que servirá como instrumento de inclusão da mulher na área da economia.
Para a auxiliar de enfermagem,Marimar Botelho,48, a iniciativa da Combel chega num momento importante. “É uma forma das mulheres mostrarem seu trabalho e conhecer seus direitos e deveres, demonstrando sua força de vontade em participar dessas atividades”, declarou.
A Coordenadoria da Mulher de Belém atua nas áreas de educação, trabalho, renda saúde, meio ambiente, esporte, lazer, turismo, política e assistência social. A Combel atua, também, em todas as formas de violência contra a mulher.

Texto: Gilson Faria e Fátima Baía
Fotos: João Gomes
Edição: Comus

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Estupros de mulheres no Rio aumentam 25%

(O Estado de S. Paulo/O Globo) Em 2010, foram registrados, por mês, 313 casos de estupro contra mulheres no estado do Rio de Janeiro. Os registros de estupro cresceram 25% entre 2009 e 2010: passaram de 4.120 para 4.589. Os dados fazem parte do Dossiê Mulher, elaborado por pesquisadores do Instituto de Segurança Pública (ISP). 
A sexta edição do relatório compara estatísticas de 2009 e 2010 relativas à violência contra pessoas do sexo feminino. Embora 81,2% das vítimas desse tipo de crime sejam mulheres, 18,8% são crianças e adolescentes do sexo masculino. Do universo de mulheres estupradas, mais da metade é formada por crianças e adolescentes com menos de 14 anos. O dossiê traz ainda dados sobre crimes de lesão corporal dolosa, homicídio doloso (quando há intenção de matar) e ameaça.

23,2% das vítimas com até 9 anos
De acordo com os dados, 77,3% das vítimas eram solteiras, 23,2% tinham até 9 anos, e 30,3% entre 10 e 14 anos de idade.

Ainda de acordo com o dossiê, o número de ameaças contra a mulher cresceu 6,2%, com uma média de 137 vítimas por dia, sendo, em mais da metade dos casos, o companheiro ou ex-companheiro o provável autor do delito.

Entre os casos de homicídio doloso cometidos contra mulheres, houve redução de 19,4% em 2010. O número de vítimas do sexo feminino é maior nos casos de estupro (81,2%), ameaça (65,4%) e lesão corporal dolosa (62,9%).
 


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Subnotificação ainda é grande Uma das responsáveis pela elaboração do dossiê, a capitã PM e analista criminal do ISP, Claudia Moraes, admite que a subnotificação ainda é grande nos casos relacionados à violência contra a mulher. Claudia acredita que a aprovação de leis como a Maria da Penha e a tipificação do crime de estupro para casos que antes de 2009 eram tratados como atentado violento ao pudor devem se refletir na diminuição dos casos e, principalmente, no aumento da punição aos agressores.

Em todo o país, violência contra mulher não registra queda há mais de 10 anos

Dados do Mapa da Violência mostram que a violência contra mulher continua sem registrar queda. Considerando estatísticas dos 27 estados, o número de assassinatos de mulheres está estacionado no mesmo patamar há mais de uma década: em 2008, houve 4,17 assassinatos para cada cem mil mulheres. Em 1998, foram 4,27 homicídios para cada grupo de cem mil.
Em 2008, as mortes violentas de mulheres somaram 4.023, sendo que 40% dos homicídios ocorre dentro de casa. Dado que reforça a violência doméstica como a principal causa dos incidentes fatais, de acordo com o coordenador do Mapa da Violência, Julio Jacobo Waiselfisz.
"O Brasil ainda tem uma cultura de violência contra a mulher. Os dados indicam que grande parte dos crimes são passionais e ocorrem dentro de casa. A impressão que os dados passam é que a violência doméstica é a principal causa dos assassinatos de mulheres", afirmou o coordenador do estudo.
Acesse essas matérias em pdf:Nº de estupros de mulheres no Rio aumenta 25% (O Estado de S. Paulo - 30/04/2011) Pesquisa do ISP revela que crianças e adolescentes representam 53,5% das vítimas de estupro contra a mulher em 2010 (O Globo - 29/04/2011) Os números da pesquisa (O Globo - 29/04/2011) Violência contra mulher não registra queda há mais de uma década, revela estudo (O Globo - 29/04/2011) 

Brasil está mais feminino e mais negro





(Folha de S.Paulo/O Estado de S. Paulo) O Brasil - com 190.755.799 de habitantes - está menos branco, mais velho, mais feminino e mais alfabetizado. A Sinopse do Censo Demográfico 2010, divulgada em 29 de abril, pelo IBGE, é resultado das entrevistas feitas pelas equipes do Censo 2010 em 67,5 milhões de domicílios em 5.565 municípios, de 1º de agosto a 31 de outubro.

Confira alguns índices abaixo com analise de especialistas:

Mais negros
Pela primeira vez, o percentual de pessoas que se declararam brancas caiu abaixo da metade: 47,7%. Em 2000, eram 53,7%.
Mais pessoas passaram a se declarar pretas (7,6%), pardas (43,1%) e amarelas (1,1%). Os indígenas continuam sendo 0,4%.
O IBGE usa o conceito de autodeclaração para atribuir cor e raça, dentro das classificações preto, pardo, amarelo e indígena. folhasp30042011_censo2010maisnegros

"A declaração da proporção de população preta aumentou bastante, não porque aumentou a fecundidade nesse grupo, mas porque o sentimento de pertencimento cresceu, e a consciência é maior. Quanto maior é a consciência, maior é a resposta afirmativa", declarou Eduardo Nunes, presidente do IBGE.  Para a socióloga Paula Barreto, coordenadora do Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia,  houve um processo de afirmação de negros e pardos. "Principalmente por conta do enfrentamento do racismo e de políticas públicas, como as cotas, as pessoas estão se sentindo mais encorajadas a se declarar pretas ou pardas", afirmou. Mas, segundo ela, cidades como Salvador continuam com uma "estrutura social perversa", nas quais o branco é associado ao patrão e o negro, ao empregado
Mais mulheres   De acordo com o Censo 2010, "faltam" quatro homens para cada grupo de 100 mulheres.Na última década, a população "perdeu" um homem: o país passou a ter 96 homens para 100 mulheres - em 2000, eram 97. Ana Amélia Camarano, demógrafa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), avalia que o crescimento mais acelerado da população feminina se deve ao envelhecimento: as mulheres vivem mais.

Casais homossexuais 
Pela primeira vez, o IBGE pesquisou casais do mesmo sexo. Foram contados 60 mil cônjuges de igual sexo do chefe do domicílio - apenas 0,2% do total. "Esse número está subnotificado e reflete, em parte, o preconceito, mas a tendência é que aumente nos próximos censos à medida que a legislação brasileira avance, como com o reconhecimento dessas uniões pela Previdência e pela Receita", disse Nunes, presidente do IBGE. Leia mais

Acesse essas matérias:

O sexo frágil, por Hélio Schwartsman (Folha de S.Paulo - 01/05/2011) 
Para cada 100 mulheres, há 96 homens, diz IBGE (Folha de S.Paulo - 30/04/2011) 
Em Salvador, branca "de alma negra" pede cabelo afro (Folha de S.Paulo - 30/04/2011) 
Crescimento desacelera, e urbanização é recorde (Folha de S.Paulo - 30/04/2011) 
Análise: Chegou o Brasil do futuro, com coisas boas, problemas e desafios, por Simon Schwartzman (Folha de S.Paulo - 30/04/2011) Acesso a luz melhora, mas saneamento ainda é ruim (Folha de S.Paulo - 30/04/2011) 
60 mil brasileiros dizem viver em uma união gay (O Estado de S. Paulo - 30/04/2011) 
Análise: Pico da expansão demográfica no País ocorreu há 50 anos, por José Roberto de Toledo (O Estado de S. Paulo - 30/04/2011) 
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domingo, 1 de maio de 2011

Profissionais de saúde são capacitados no combate à violência doméstica

Por Denise Silva %u2013 Ascom Sesma

A violência doméstica é a maior causa de ferimentos femininos em todo o mundo e a principal causa de morte de mulheres entre os 14 e 44 anos. Na maioria das vezes, os casos de violência são realizados por amigos, conhecidos e até parentes próximos.
 
A Referência Técnica de Morbimortalidade por Acidentes e Violências da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) realizou, dia (27/04), uma nova capacitação de profissionais de saúde destinada à rede Estadual e Hospitais Militares sobre a notificação da ficha de violência doméstica, sexual e outras violências. O evento foi voltado a médicos, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros que atuam diretamente no atendimento de crianças, adolescentes, mulheres e idosos.
 
A violência doméstica e sexual é regulamentada como notificação compulsória, desde 25 de janeiro de 2011, pela portaria de número 104 do Ministério da Saúde. As principais ocorrências são de agressão sexual, moral, física e psicológica. Não há bairros específicos de risco, mas a maior concentração de casos notificados está em bairros de periferia, como a Terra Firme, Guamá, Telégrafo, entre outros. Separados por gênero, em 2010 foram notificados 96 casos de violência contra homens e 424 contra mulheres
 
De acordo com a coordenadora, Maisa Gomes, estes dados foram coletados em 3 locais de Belém: Casa da Mulher, Santa Casa e Unidade Municipal de Saúde da Sacramenta. "Entre elas, os maiores números de notificação aconteceram na Santa Casa, sendo que em 2009 foram registrados 652 casos de violência e em 2010 essa quantidade aumentou para 1.005 casos”, conta.
 
A coordenadora ainda explica que o número inferior de casos masculinos não significa que os homens sofram menos violência, e sim que há a falta de iniciativa para o registro dos casos. "É notável a dificuldade que o homem tem de admitir que sofreu algum tipo de violência. A maioria prefere omitir e deixar o caso para trás, o que dificulta bastante nosso trabalho de notificação", revela.  
 
Já em relação à violência sexual, a pesquisa foi dividida em cinco categorias: assédio sexual, estupro, pornografia infantil, exploração sexual e outros tipos. Só no ano passado, em 76,1% dos casos houve a comprovação de estupro, o que representa 1.297 notificações. Outro dado preocupante é que em 2009, os casos de violência sexual contra mulheres de 1 a 9 anos representaram 76% dos casos registrados.
 
Durante todo o ano de 2010, forma feitas capacitações com o objetivo de melhorar a formação dos profissionais que trabalham diretamente e indiretamente na luta contra a violência doméstica e sexual. Com as capacitações, o Núcleo pretende intensificar a prevenção para que esses casos não terminem nos prontos socorros, delegacias, ou até em uma possível morte. O profissional tem que ser capaz de identificar a presença ou suspeita de violência em diferentes casos atendidos.

Violência doméstica e câncer de mama são temas de palestras

Por Luiza Farias / Fotos: Paulo Akira

Como o objetivo de orientar as pacientes sobre como denunciar casos, lutar pelos seus direitos e se prevenir contra o câncer de mama, a Coordenadoria Geral da Mulher em Belém realizou palestras sobre violência doméstica e prevenção a doença, dia (27/04), na Casa da Mulher. Cerca de cem mulheres que são atendidas diariamente na Casa, participaram do evento alusivo ao dia nacional da mulher.

De acordo com a diretora da Casa da Mulher, Socorro Siqueira, há muitas informações sobre violência doméstica, mas é preciso sempre reforçar, que não existe apenas violência física. A violência psicológica ou agressão emocional, às vezes tão ou mais prejudicial que a física, é caracterizada por rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas. Trata-se de uma agressão que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes para toda a vida.

É um problema que acontece em ambos os sexos e não costuma obedecer a nível social, econômico, religioso ou cultural especifico. Sua importância é relevante, devido ao sofrimento silencioso das vítimas. A violência doméstica, incluindo aí a negligência precoce e o abuso sexual, pode impedir um bom desenvolvimento físico e mental da vítima.

Já o mastologista Mário Simões, falou sobre a prevenção e o tratamento do câncer de mama. O especialista ressaltou a importância da palestra, e diz que a mesma incentiva a mulher a procurar atendimento.

Segundo o médico, há casos em que a paciente não procura, por vergonha, ou por pensar que não é nada grave. Com o trabalho escasso do Sistema ùnico de Saúde (SUS), se torna mais difícil, e assim a doença consegue uma brecha pra crescer.

Neuza Bahia, de 62 anos, diz que é a primeira vez que participa de uma palestra, e que foi maravilhoso, porque conseguiu esclarecer muitas coisas. Principalmente, sobre um nódulo que tem no ceio. Já Maria Helena, 28 anos, nunca participou de uma palestra antes e diz que a prevenção é importante porque impede grandes doenças.

O dia 30 de abril foi escolhido pela Lei n 6.791 para ser comemorado o dia nacional da mulher. Foi nessa data, que nasceu a fundadora do Conselho Nacional das Mulheres, Jerônima Mesquita.