sábado, 26 de novembro de 2011

Coordenadoria da Mulher de Belém participa de Mega Evento pelo fim da Violêcia contra a Mulher





A Coordenadoria da Mulher de Belém  proferiu palestra sobre a violência contra a Mulher, hoje, para mais de 2000 mulheres na Igreja Universal de Reino de Deus." A naturalidade com que, socialmente, tem sido tratada a violência contra a mulher nas relações privadas ofusca a visibilidade do problema, banaliza a sua ocorrência. Acrescenta-se a isso o fato da violência doméstica fornecer também as bases para que se estruturem outras formas de violência o que acaba por produzir experiências de brutalidades na infância e na adolescência, geradoras de condutas violentas e desvios psíquicos graves também para esse público". comentou  a  Assistente Social Rosana Moraes(COMBEL) que ministrou a palestra. " Foi um mega evento, maravilhoso e a palestra transmitiu o recado, nós mulheres precisamos tomar uma atitude , não permitir a violência, gritar para todo mundo ouvir, QUEREMOS UMA VIDA SEM VIOLÊNCIA É  NOSSO DIREITO VIVER EM PAZ, disse a senhora Luzia, 52 que participava do evento. 

Coordenadoria da Mulher participa da Mostra de Saberes





A  Coordenadoria da Mulher divulga Politica da Mulher  e Lei Maria da Penha na   V Mostra de Saberes da Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria Municipal de Educação de Belém (Semec), realizada no Centur no dia 19 de Novembro 2011. O Stand da COMBEL foi  bastante  visitado ,  foram Distribuímos cerca de 500 cartilhas de Bolso Maria da Penha,informativos sobre câncer de Mama , DST/AIDS e preservativos para mães, pais de alunos, alunos  e Coordenadores de Escola. "É muito importante a presença da COMBEL em eventos como esse , pois esse é o publico que queremos atingir. e transmitir de forma educativa a desnaturalização da Violência contra a mulher, a não discriminação e seus direitos,  os cuidado que ela deve ter com sua saúde e se prevenir contra as DSTs e gravidez indesejada" A Parceria com a SEMEC é fundamental para avançarmos em nossas conquistas.

Coordenadoria da Mulher de Belém, IBAM, CPDM e SPM promovem Oficina de Gestoras Municipais





Oficina de Trabalho com gestoras(es), técnicas(os) Municipais no Município de Belém realizada nos  dias 16 e 17 de novembro de 2011, teve como objetivo 
 aprimorar a compreensão dos temas tratados pelo Programa " Trabalho e Empreendedorismo da Mulher"por parte dos integrantes dos órgãos públicos parceiros e discutir seus impactos no dia a dia das mulheres trabalhadoras. Objetiva, também, a construção conjunta de estratégias de trabalho e definição de prioridades a serem abordados futuramente pelas equipes das secretarias municipais de assistência social, coordenadoria e secretarias de mulheres e outras dos municípios participantes do Programa.


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Combel leva direitos da mulher à Feira de Estética 2011

Flávia Barros

A Coordenadoria da Mulher de Belém-Combel participa da primeira Feira de Estética Norte 2011 que acontece desde esta segunda-feira,14, na Estação das Docas,em Belém. O evento tem como objetivo divulgar produtos e centros de estéticas de todo o Brasil e proveitando o público feminino presente, a Combel divulga os trabalhos promovidos em defesa do direito da mulher.
 
A Combel busca promover a proteção e defesa dos direitos das mulheres, sem distinção de cor, raça, etnia, geração e orientação sexual, no município de Belém. É uma instância do governo municipal, vinculada ao gabinete do prefeito Duciomar Costa.
 
A coordenadora geral Kendra Botelho, destaca a participação da Combel na feira.“É fantástico cuidar do cabelo, da pele, porém é imprescindível a mulher denunciar a violência, é imprescindível ela cuidar do útero, ela cuidar da mama, e ela ficar sabendo também, que existe a Combel, como existe uma rede de serviços em prol da defesa da mulher”, enfatiza.
 
Muitas pessoas passaram pelo stand da Combel e muitas delas eram pessoas de outras regiões do município e do Brasil.Apesar da atuação da Combel ser apenas em Belém, foi explicado a elas que existe esse tipo de serviço em todas as cidades, como o Creas(Centro de Referência Especializado de Assistência Social), que também presta serviços à mulher.
 
Para a estudante Jéssica Silva, 21 anos, é muito válido a mulher vir a uma feira de estética e saber que existe um lugar na cidade que cuida dos seus direitos. "É importante a mulher saber que é amparada, que tem para onde recorrer quando precisar”, disse a estudante.
 

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A Prefeitura de Belém Participa da I Estética Norte, I Congresso Paraense de Estética e I Beauty Fair

A Prefeitura da Belém  por meio da Coordenadoria da Mulher participa com um stand na I Estética Norte,I Congresso de Estética do Pará e I Beauty Fair, O Evento conta mais de 600  profissionais inscritos  e espera por um publico a cerca de 5 mil visitantes na Feira, são 27 expositores das principais empresas que atuam no mercado brasileiro. ..........
"Maravilhoso!!!! Divulgar nosso trabalho para que elas saibam que é importante sim cuidar da pele, celulite, cuidar das unhas e cabelo, mais também é imprescindível, denunciar a   violência, cuidar da mama, útero , prevenir o HIV , ser valorizada no mercado de trabalho, ter conhecimento sobre seus direitos e que a COMBEL atua na promoção , proteção  e contra qualquer violação dos direitos da mulher. Pedimos as esteticistas que em seus consultórios divulguem nosso trabalho, onde a mulher pode receber atendimento e o disque denuncia,180". Diz Kendra Botelho, Coordenadora Geral da COMBEL.
Se você quiser visitar, é só vir aqui na Estação da Docas e pegar um convite no stand da Prefeitura-COMBEL- 14 e 15 de novembro das 8:00 as 20:00h.


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Governo fará mapeamento nacional para combater tráfico de pessoas

O Globo) O governo federal está preparando uma série de medidas para enfrentar o tráfico de pessoas nos âmbitos nacional e internacional. Por determinação do Palácio do Planalto, um grupo que reúne 21 setores do Executivo, entre ministérios, secretarias e departamentos, trabalha para criar o Diagnóstico Nacional sobre Tráfico de Pessoas, que irá mapear as rotas de migração e imigração, para que o crime possa ser atacado de forma mais eficaz pelas autoridades.
Estarão em debate no 2º Encontro Nacional de Rede de Enfrentamento de Tráfico de Pessoas, em Recife (PE), as ações do governo sobre casos que envolvem a adoção internacional de crianças e o tráfico de pessoas para fins de remoção de órgãos, exploração sexual e trabalho escravo. A investigação também envolverá outros setores que se alimentam do tráfico de pessoas, como a agricultura e a construção civil.
Plano prevê treinamento de profissionais  A intenção do governo é diminuir, de imediato, a vulnerabilidade ao tráfico de pessoas de alguns grupos sociais específicos, como mulheres, crianças e homossexuais, e capacitar profissionais das áreas de segurança pública e saúde. Outra meta é treinar trabalhadores e empresários das companhias aéreas, terrestres e marítimas, para um controle maior sobre o público alvo, incluindo atenção especial a crianças e adolescentes desacompanhados.Leia a notícia completa: Governo fará mapeamento nacional para combater tráfico de pessoas (O Globo - 07/11/2011) 
 Na igualdade entre os sexos, Brasil é o penúltimo entre sul-americanos, diz Fórum Econômico Mundial

(Correio Braziliense/Folha de S.Paulo/O Globo) 
O Brasil tem hoje uma presidente mulher e o rendimento do trabalho feminino vem aos poucos aumentando, mas o país continua mal posicionado no rankingmundial da igualdade entre homens e mulheres. Segundo a lista divulgada pelo Fórum Econômico Mundial, na América Latina só o Suriname está pior que o Brasil.  
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O Brasil subiu três posições no ranking de igualdade entre os sexos, mas continua na parte de baixo da tabela composta por 135 países, ocupando a 82ª posição. Entre os chamados "Brics" (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), a Índia é o país com o pior desempenho. O relatório "Gender Gap 2011" - que mede as disparidades na remuneração de trabalhadores dos sexos masculino e feminino, além de uma série de outros indicadores sociais, como acesso à educação e à saúde - mostra que 85% dos países avançaram em termos de igualdade nos últimos seis anos.
The Global Gender Gap Report 2011 
The Global Gender Gap Report 2011: Rankings and Scores 

Em parte a melhora da posição brasileira deve-se à eleição da presidenta Dilma Rousseff e à oscilação positiva na renda das mulheres em comparação com a  dos homens que exercem a mesma função.

Paradoxalmente, é na atuação política que o Brasil apresenta seu pior desempenho: fica em 114º - apenas 21 países são piores; a maioria deles, islâmicos.

"A participação das mulheres na força de trabalho [no Brasil] ainda é de 64%, abaixo da dos homens (85%). E elas são só 36% dos legisladores, autoridades públicas de primeiro escalão e gerentes", afirma o documento. "O que elas ganham ainda está abaixo de dois terços da renda dos homens; e no Congresso, são apenas 9%."

O Brasil vai bem nos quesitos acesso à saúde e expectativa de vida e fica no meio da lista em educação (66º) e em oportunidade econômica (68º). Segundo pesquisa, a desigualdade de gênero cresce na América do Sul e na África.

Impacto dos programas sociais
"Os programas de transferência de renda têm trazido para a classe média uma faixa grande de pessoas e de mulheres. Temos quase 30% dos domicílios chefiados por mulheres, que são na maioria pobres ou muito pobres. E elas estão sendo priorizadas na logística dos programas sociais", defende a cientista política e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da Universidade Federal de Minas Gerais, Marlise Matos, para quem, no entanto, a inclusão de mulheres no mercado de trabalho não significa maior participação política. "A inserção no mercado da mulher brasileira ainda é feita de forma muito segmentada, ocupando nichos menos valorizados", explica.

Leia na íntegra:   
Posição do Brasil melhora em ranking de igualdade de gêneros, diz estudo do Fórum Econômico Mundial (O Globo - 02/11/2011)
Brasil é o 82º na igualdade entre os gêneros (Folha de S.Paulo - 02/11/2011)
Espaços para mulheres ainda muito limitados (Correio Braziliense - 02/11/2011)
 
Pré-natal malfeito e falta de testes fazem HIV avançar entre crianças no Norte e Nordeste

(Folha de S.Paulo) Embora a transmissão do HIV da mãe para o bebê venha caindo no Brasil, a tendência é de alta nas regiões Norte e Nordeste, segundo dados reunidos pelo Ministério da Saúde. Esse aumento é atribuído a pré-natal malfeito e falta de testes de HIV/Aids. No Sul, apesar da queda, a incidência da infecção por HIV entre crianças é a maior do país. 

Os dados que apontam a disparidade regional da transmissão da Aids estão no estudo "Saúde Brasil 2010", divulgado pelo Ministério da Saúde.

A taxa nacional de incidência da Aids em menores de cinco anos passou de 5,4 casos por 100 mil habitantes em 2000 para 3 em 100 mil em 2009. No mesmo período, a taxa passou de 1,9 para 4 em 100 mil no Norte e de 1,4 para 2,3 por 100 mil no Nordeste. A feminilização da Aids, pré-natal malfeito e falta da teste de HIV em gestantes podem explicar o maior registro da transmissão vertical do HIV nessas duas regiões.

A incidência do HIV entre crianças de até 5 anos é usada pelo Ministério da Saúde como indicador da chamada transmissão vertical -principal causa de infecção nessa faixa etária, um tipo de contaminação que pode ser evitado com tratamento médico. 

"Temos de dar um desconto porque melhoramos a detecção [do HIV], mas não há a tendência de redução que percebemos nos outros lugares. Em um país que oferece acesso universal ao antirretroviral, a gente espera a redução", afirma Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do ministério, para quem os dados são preocupantes.

O Sul segue a tendência de queda, mas manteve a maior taxa de incidência em menores de 5 anos -de 9,4 em 2000 para 5,8 em 2009.

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A meta do ministério é realizar o teste do HIV em 100% das grávidas em 2012 -a universalização consta do programa Rede Cegonha. Pretende-se usar o teste rápido, que detecta o vírus em minutos.

Leia a notícia completa: HIV avança entre crianças nas regiões Norte e Nordeste (Folha de S.Paulo - 01/11/2011) 

Apesar das desigualdades, Brasil sobe uma posição no ranking de desenvolvimento humano em 2011

Relatório também avalia o índice de desigualdade de gênero

03.11.2011 | PNUD e InfoMoney (ilustração: HowStuffWorks/ Alexandre Fukuda)
Apesar das desigualdades, Brasil sobe uma posição no ranking de desenvolvimento humano em 2011
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil avançou de 0,715 em 2010 para 0,718 em 2011 e fez o país subir uma posição no ranking global do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) deste ano. Com isso, o Brasil saiu da 85ª para a 84ª posição, permanecendo no grupo dos países de alto desenvolvimento humano. Intitulado "Sustentabilidade e equidade: Um futuro melhor para todos", o Relatório foi lançado ontem (quarta-feira, dia 2) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Copenhague, na Dinamarca.
O IDH varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano), e mede as realizações em três dimensões básicas do desenvolvimento humano - uma vida longa e saudável, o conhecimento e um padrão de vida digno. As três variáveis analisadas, dessa forma, são relacionadas à saúde, educação e renda.
O Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 apresenta valores e classificações do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para 187 países e territórios reconhecidos pela ONU.A Noruega, com IDH de 0,943, manteve a liderança do ranking, seguida por Austrália (0,929) e Países Baixos (0,910). Nas últimas posições, por outro lado, estão o Burundi (0,316), Níger (0,295) e a República Democrática do Congo (0,286), conforme publicado pela Agência Brasil.
Apesar dos avanços, o IDH 2011 do Brasil ainda está abaixo da média da América Latina, de 0,731, sendo que o País está atrás do Chile (0,805), Argentina (0,797), Uruguai (0,783), Cuba (0,776), México (0,770), Panamá (0,768), Peru (0,725) e Equador (0,720).
Na comparação com os países do Brics (Brasil, Rússia, China e Índia), entretanto, o IDH brasileiro é o segundo melhor, perdendo apenas para a Rússia.
Mudanças deste ano
No ranking global do IDH 2010, o Brasil obteve a classificação 73 entre os 169 países. No relatório deste ano foram inclusos 18 novos países e territórios e houve mudanças em dados e métodos.
O Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 mostra que o Brasil faz parte de um grupo de 36 dos 187 países que subiram no ranking entre 2010 e 2011, seguindo os dados recalculados para a nova base deste ano. Os outros 151 permanceram na mesma posição ou caíram.
Maior expectativa de vida
No caso brasileiro, esta evolução do IDH do ano passado para este ano contou com um impulso maior da dimensão saúde - medida pela expectativa de vida -, responsável por 40% da alta. As outras duas dimensões que compõem o IDH, educação e renda, responderam, cada uma, por cerca de 30% desta evolução.
Desigualdades
O Relatório do PNUD apresenta o IDH2011 sob três abordagens, entre elas da desigualdade de renda e entre gêneros. No Índice de Desigualdade de Gênero (IDG), em um ranking composto por 146 países, o Brasil ocupa a 80ª posição, com IDG de 0,449, atrás de nações como Chile, Argentina, Peru, México, Venezuela, Líbia, Líbano e Kwait.
Segundo o documento, em comparação com os homens, um percentual maior de mulheres têm alcançado pelo menos o nível de educação secundária - 48,8% delas, contra 46,3% deles. Apesar disso, a taxa de participação feminina no mercado de trabalho é de 60,1%, frente a 81,9% para os homens.
Outro traço marcante na desigualdade de gênero percebida no Brasil é o fato de apenas 9,6% dos assentos do Congresso Nacional serem ocupadas por mulheres.
Se o Índice de Desenvolvimento Humano fosse ajustado à desigualdade de renda (IDHAD), o Brasil perderia 13 posições.
18 países incluídos este ano
Palau, Cuba, Seychelles, Antígua e Barbuda, Granada, Líbano, São Cristóvão e Névis, Dominica, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Omã, Samoa, Territórios Palestinos Ocupados, Kiribati, Vanuatu, Iraque, Butão, Eritreia.

Igualdade entre gêneros aumenta em 85% dos países, diz estudo

Finlândia, Islândia e Suécia continuam nos primeiros lugares do ranking

04.11.2011 | G1, em São Paulo
Igualdade entre gêneros aumenta em 85% dos países, diz estudo
Durante os últimos seis anos, 85% dos países registraram mais igualdade entre gêneros. No entanto, no restante do mundo a situação está piorando, principalmente em países africanos e sul-americanos, de acordo com o sexto Relatório Global de Desigualdade entre Gêneros 2011 do World Economic Forum (Fórum Econômico Mundial), divulgado nesta terça-feira (1º).
Segundo o estudo, houve queda dos rankings de igualdade em países como Nova Zelândia, África do Sul, Espanha, Sri Lanka e Reino Unido, com diminuição da desigualdade no Brasil, Etiópia, Qatar, Tanzânia e Turquia.
Países nórdicos como Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia mantêm os primeiros lugares do ranking, reduzindo a desigualdade entre gêneros em mais de 80%, enquanto os países ocupando as últimas colocações ainda precisam reduzir suas desigualdades em até 50%.
"Existe uma relação direta entre menor desigualdade e maior competitividade econômica", afirma Saadia Zahidi, Diretora Sênior do Programa de Mulheres Líderes e Paridade de Gênero do World Ecomic Forum e uma das autoras do relatório, por meio de nota. "O mundo está focado em criação de empregos e crescimento econômico e a igualdade de gêneros é a chave para realizar esse potencial e estimular economias."
Saúde e educação
Os resultados internacionais dos setores de educação e saúde são positivos, com 96% das desigualdades em saúde e 93% das desigualdades em educação já eliminadas. Em termos globais, a participação econômica e política ainda representam as maiores desigualdades.
"Em muitas regiões da África e da Ásia as mulheres ainda enfrentam uma expectativa de vida saudável muito baixa e nível de alfabetização reduzido. Na América Latina, as mulheres recebem mais educação que os homens, mas o casamento e a maternidade ainda não estão compatíveis com a participação plena das mulheres na economia e na política. Muito já foi feito, mas ainda se tem muito a fazer", afirma Ricardo Hausmann, Diretor do Centro para Desenvolvimento da Universidade de Harvard e um dos autores do relatório, em nota.
Fonte: Noticias ODM
PNUD/Divulgação

Brasil avança no desenvolvimento humano e sobe uma posição no ranking do IDH 2011
RDH 2011 mostra Brasil na 84ª posição entre 187 países; nos últimos 5 anos, o país está entre os 24 que subiram 3 ou mais posições
Entenda o IDH
O IDH varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano), e mede as realizações em três dimensões básicas do desenvolvimento humano - uma vida longa e saudável, o conhecimento e um padrão de vida digno. As três variáveis analisadas, dessa forma, são relacionadas à saúde, educação e renda. Desde o ano passado o Relatório de Desenvolvimento Humano deixou de classificar o nível de desenvolvimento de acordo com valores fixos e passou a utilizar uma classificação relativa. A lista de países é dividida em quatro partes semelhantes. Os 25% com maior IDH são os de desenvolvimento humano muito alto, o quartil seguinte representa os de alto desenvolvimento (do qual o Brasil faz parte), o terceiro grupo é o de médio e os 25% piores, os de baixo desenvolvimento humano. 
18 países incluídos este ano
Palau, Cuba, Seychelles, Antígua e Barbuda, Granada, Líbano, São Cristóvão e Névis, Dominica, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Omã, Samoa, Territórios Palestinos Ocupados, Kiribati, Vanuatu, Iraque, Butão, Eritreia. 
Desenvolvimento Humano nos BRICS
Veja comparações do desenvolvimento humano do Brasil com o dos outros países do grupo chamado BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), economias em desenvolvimento que se destacam pelas semelhanças no ritmo de crescimento e pela influência geopolítica que exercem atualmente na arena internacional.

Clique aqui para ver tabelas 
do PNUD
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil avançou de 0,715 em 2010 para 0,718 em 2011, e fez o país subir uma posição no ranking global do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH)deste ano. Com isso, o Brasil saiu da 85ª para a 84ª posição, permanecendo no grupo dos países de alto desenvolvimento humano. O documento foi lançado esta quarta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em Copenhague, na Dinamarca.

O Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 apresenta valores e classificações do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para um número recorde de 187 países e territórios reconhecidos pela ONU. Um aumento significativo em relação aos 169 países incluídos no Índice de 2010, quando os indicadores-chaves de muitos dos novos países analisados este ano ainda estavam indisponíveis.

No ranking global do IDH 2010, o Brasil obteve a classificação 73, entre os 169 países. No entanto, é enganoso comparar valores e classificações do RDH 2011 com os de relatórios publicados anteriormente . Isto porque, além da inclusão de 18 novos países e territórios (veja a lista no quadro ao lado), os dados e métodos sofreram ajustes e algumas mudanças.

Intitulado “Sustentabilidade e equidade: Um futuro melhor para todos”, o Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 mostra que o Brasil faz parte do seleto grupo de apenas 36 dos 187 países que subiram no ranking entre 2010 e 2011, seguindo os dados recalculados para a nova base deste ano. Os outros 151 permanceram na mesma posição ou caíram. No caso brasileiro, esta evolução do IDH do ano passado para este ano contou com um impulso maior da dimensão saúde – medida pela expectativa de vida –, responsável por 40% da alta. As outras duas dimensões que compõem o IDH, educação e renda, responderam, cada uma, por cerca de 30% desta evolução.

Evolução do Brasil nas séries históricas

A série histórica do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para o Brasil revela uma retrospectiva positiva também a médio e a longo prazos. Entre 1980 e 2011, o valor do IDH subiu 31%, saltando de 0,549 para 0,718. Este desempenho foi puxado pelo aumento na expectativa de vida no país (11 anos no período), pela melhora na média de anos de escolaridade (4,6 anos a mais) e pelo crescimento também da renda nacional bruta (RNB) per capita (quase 40% entre 1980 e 2011).

Tendências IDH Brasil

Por causa dos ajustes de dados, das adaptações metodológicas e da inclusão de 18 países no ranking deste ano, as medias anuais de crescimento do IDH só podem ser calculadas com os dados que estão disponíveis na Tabela 2 “Tendências do Desenvolvimento Humano” do Relatório, que traz as séries históricas recalculadas para todos os 187 países. Ela tem como base indicadores, metodologia e dados em séries temporais consistentes e, por isso, mostra as alterações reais dos valores e classificações no decorrer do tempo, refletindo o progresso verdadeiro feito pelos países.

Em uma análise de médio prazo, considerando a evolução de posições do ranking de 2006 a 2011, o Brasil está entre os 24 países com melhor desempenho, ou seja, aqueles que subiram 3 ou mais posições.

Taxa média de crescimento do IDH brasileiro

Com base nos dados da Tabela 2 “Tendências do Desenvolvimento Humano”, verifica-se que a taxa média de crescimento do IDH do Brasil foi de 0,87%, entre 1980 a 2011. Um desempenho superior ao da América Latina (0,73%) e ao dos países de alto desenvolvimento (0,61%), quartil do qual o Brasil faz parte no ranking do IDH 2011.

Avanço semelhante pode ser visto para o Brasil entre 1990 e 2011, quando a taxa de média de crescimento do IDH foi de 0,86%, enquanto a da América Latina foi de 0,76% e a dos países de alto desenvolvimento, de 0,64%.

Num período mais curto de 2000 a 2011, o desempenho foi o seguinte: Brasil avançou 0,69%, América Latina, 0,66%, e os países de alto desenvolvimento, 0,70%.

É importante notar que a taxa de crescimento para países de desenvolvimento humano muito elevado de 2000 a 2011 foi de 0,33%, ou seja, quanto mais desenvolvido o país se torna, menor é sua taxa de crescimento do IDH. Este fenômeno é também conhecido como concavidade de taxas de crescimento.

O IDH é uma medida resumida para avaliar o progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: uma vida longa e saudável, acesso ao conhecimento e um padrão decente de vida. Como no Relatório de Desenvolvimento Humano de 2010, uma vida longa e saudável é medida pela expectativa de vida; o acesso ao conhecimento é medido por: i) média de anos de educação de adultos, que é o número médio de anos de educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e ii) a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que uma criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante a vida da criança; e o padrão de vida é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em PPP$ 2005 constante.

A fim de garantir o máximo possível de comparabilidade entre países, o IDH se baseia principalmente em dados internacionais da Divisão de População da ONU, do Instituto de Estatística da UNESCO e do Banco Mundial. Como afirma a introdução, os valores e classificações do IDH no relatório deste ano não são comparáveis aos dos relatórios passados (inclusive ao IDH 2010) por causa de diversas revisões feitas nos indicadores componentes pelas agências encarregadas. Para permitir a avaliação do progresso nos IDHs, o relatório de 2011 inclui IDHs recalculados de 1980 a 2011.

Gráfico IDH Brasil

Indicadores complementares de desenvolvimento humano

Além do IDH calculado para 187 países, o Relatório 2011 traz também três outros indicadores complementares introduzidos em 2010. São eles o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD) para 134 países, o Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) para 146 países e o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) para 109 países.


  • Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD)

O IDH é uma medida média das conquistas de desenvolvimento humano básico em um país. Como todas as médias, o IDH mascara a desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano entre a população no nível de país. O IDH 2010 introduziu o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD), que leva em consideração a desigualdade em todas as três dimensões do IDH “descontando” o valor médio de cada dimensão de acordo com seu nível de desigualdade.

Com a introdução do IDHAD, o IDH tradicional pode ser visto como um índice de desenvolvimento humano “potencial” e o IDHAD como um índice do desenvolvimento humano “real”. A “perda” no desenvolvimento humano potencial devido à desigualdade é dada pela diferença entre o IDH e o IDHAD e pode ser expressa por um percentual.

O IDH do Brasil para 2011 é 0,718. No entanto, quando é descontada a desigualdade do valor, o IDH cai para 0,519, uma perda de 27,7% devido à desigualdade na distribuição dos índices de dimensão. O IDHAD, que vem complementar a leitura feita pelo IDH, mostra que o cidadão brasileiro médio teria quase 30% de risco de não conseguir alcançar o desenvolvimento humano potencial que o país tem para lhe oferecer em função dos obstáculos que as desigualdades podem lhe impor.

Nesta área, o Brasil se insere em um contexto semelhante ao da América Latina, onde a desigualdade – em especial de renda – faz parte de um passivo histórico que ainda representa um grande obstáculo para o desenvolvimento humano. Mas o relatório elogia os esforços e avanços da região na tentativa de reduzir estes números, e faz menção às conquistas de Argentina, Brasil, Honduras, México e Peru. O Relatório atribui os avanços, em parte, à melhor cobertura na educação básica e aos programas de transferência de renda.


  • Índice de Desigualdade de Gênero (IDG)

O Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) reflete desigualdades com base no gênero em três dimensões – saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica. A saúde reprodutiva é medida pelas taxas de mortalidade materna e de fertilidade entre as adolescentes; a autonomia é medida pela proporção de assentos parlamentares ocupados por cada gênero e a obtenção de educação secundária ou superior por cada gênero; e a atividade econômica é medida pela taxa de participação no mercado de trabalho para cada gênero.

O IDG substitui os anteriores Índice de Desenvolvimento relacionado ao Gênero e Índice de Autonomia de Gênero. Ele mostra a perda no desenvolvimento humano devido à desigualdade entre as conquistas femininas e masculinas nas três dimensões do IDG.

O Brasil tem um valor de IDG de 0,449, que o coloca na posição 80 dentre 146 países no índice de 2011. No Brasil, 9,6% dos assentos parlamentares são ocupados por mulheres e 48,8% das mulheres adultas têm alcançado um nível de educação secundário ou superior, em comparação com 46,3% de suas contrapartes masculinas. Para cada 100.000 nascidos vivos, 58 mulheres morrem de causas relacionadas à gravidez; e a taxa de fertilidade entre as adolescentes é de 75,6 nascimentos por 1000 nascidos vivos. A participação feminina no mercado de trabalho é de 60,1%, em comparação com 81,9% para os homens.


  • Índice de Pobreza Multidimensional (IPM)

O IDH 2010 introduziu o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que identifica privações múltiplas em educação, saúde e padrão de vida nos mesmos domicílios. As dimensões de educação e saúde se baseiam em dois indicadores cada, enquanto a dimensão do padrão de vida se baseia em seis indicadores. Todos os indicadores necessários para elaborar o IPM para um domicílio são obtidos pela mesma pesquisa domiciliar.

Os indicadores são ponderados e os níveis de privação são computados para cada domicílio na pesquisa. Um corte de 33,3%, que equivale a um terço dos indicadores ponderados, é usado para distinguir entre os pobres e os não pobres. Se o nível de privação domiciliar for 33,3% ou maior, esse domicílio (e todos nele) é multidimensionalmente pobre. Os domicílios com um nível de privação maior que ou igual a 20%, mas menor que 33,3%, são vulneráveis ou estão em risco de se tornarem multidimensionalmente pobres.

Os dados da pesquisa para a estimativa do IPM do Brasil se referem a 2006. No Brasil, 2,7% da população sofrem de múltiplas privações, enquanto outros 7,0% estão vulneráveis a múltiplas privações. A amplitude da privação (intensidade) no Brasil, que é o percentual médio de privação vivenciado pelas pessoas na pobreza multidimensional, é de 39,3%. O IPM, que á a parcela da população multidimensionalmente pobre, ajustado pela intensidade das privações, é de 0,011.

O IPM é um indicador complementar de acompanhamento do desenvolvimento humano e tem como objetivo acompanhar a pobreza que vai além da pobreza de renda, medida pelo percentual da população que vive abaixo de PPP US$1,25 por dia. Ela mostra que a pobreza de renda relata apenas uma parte da história. No caso do Brasil, a contagem de pobreza multidimensional é 1,1 ponto percentual menor que a pobreza de renda. Isso implica que indivíduos que vivem abaixo da linha da pobreza de renda talvez tenham acesso a recursos de não renda.


Fonte: Noticias ODM