sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Prefeitura conclui o Plano Municipal de Políticas para as Mulheres de Belém

http://www.belem.pa.gov.br/mulher/


Belém, 28/12/2012
Por Comus (com informações da Combel Fotos: Arquivo Comus
A Prefeitura de Belém, por meio da Coordenadoria da Mulher de Belém (Combel) coloca a disposição de toda a população o Plano Municipal de Políticas para as Mulheres de Belém - PMPMB,instrumento de implementação e implantação de ações e serviços que serão prioridades nos próximos anos. Dividido em 07 capítulos, 26 prioridades e 102 ações, o Plano pretende intensificar a política de gênero com o intuito de garantir direitos básicos às mulheres do município.

O PMPMB é resultado da II Conferencia Municipal de Políticas para Mulheres,  realizada pela Combel nos dias 29 e 30 de agosto de 2011, quando foram discutidos sete dos 11 eixos estruturantes, além dos objetivos e metas do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres – PNPM, que refletem as principais demandas da população feminina da cidade, de acordo com os princípios e diretrizes da Política Nacional para as Mulheres. De acordo com a titular da Combel, Kendra Botelho, a II Conferência foi um momento ímpar na trajetória de luta das mulheres de Belém, com a participação de cerca de 300 mulheres vindas de várias localidades, que participaram diretamente dos debates, e apresentaram as propostas para a elaboração do plano, de forma democrática e participativa, nos moldes da Constituição Federal de 1988.

Para a construção do Plano, foi criado o Grupo de Trabalho Interinstitucional – GTI (Portaria No 970/2012 – PMB, de 02 de Outubro de 2012) composto por representantes do poder público municipal (Secretarias, Coordenadorias, e demais órgãos municipais da administração direta e indireta), que teve como objetivo a sistematização das deliberações e prioridades demandadas da II Conferência Municipal.
O GTI realizou onze reuniões deliberativas no 2º semestre desse ano, garantindo que as demandas da sociedade fossem respeitadas e consideradas por gestores (as) públicos, na perspectiva de viabilização das proposições, suavizando parte da uma dívida histórica do Governo Municipal para com as mulheres de Belém, resultante da ausência de políticas de promoção da igualdade de gênero e raça.

O PMPMB é fruto do anseio, do compromisso e do empenho da sociedade civil organizada, dos gestores municipais e dos conselhos de direitos na efetivação de políticas públicas específicas, muitas vezes negadas às mulheres, em função das dimensões estruturais e estruturantes que a desigualdades de gênero tem na configuração da sociedade brasileira. É uma inovação na gestão municipal, e que chama a atenção de governo e sociedade para se garantir a execução das 102 ações, de forma articulada e em co-responsabilidade, de 13 órgãos da administração municipal, com parcerias nas esferas estadual, federal, iniciativa privada e organizações da sociedade civil, para que as políticas cheguem de fato às suas destinatárias.

O Plano Municipal de Políticas para as Mulheres de Belém – PMPMB é um documento de referência que marca um novo estágio na política publica municipal.O documento foi trabalhado no período de fevereiro a dezembro deste ano. “Vamos fazer o lançamento virtual do Plano Municipal de Políticas para Mulher de 80 páginas que envolvem pelo menos sete capítulos sobre os temas enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres; saúde das mulheres; direitos sexuais e reprodutivos; enfrentamento do racismo; do sexismo e da lesbofobia; educação; trabalho; e inclusão social e produtiva”, disse Kendra Botelho. A Coordenadora explica, ainda, que o Plano deverá ser aplicado no período de 2013 a 2017, considerado de suma importância à comunidade de Belém.
O PMPMB está disponível,na íntegra, no endereço eletrônico www.belem.pa.gov.br

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Número de mulheres assassinadas por mês no Brasil salta de 113 para 372

10 de dezembro de 2012
 
 
 
Folha de S.Paulo) MULHERES EM RISCO O número de mulheres assassinadas a cada mês no Brasil saltou de 113 para 372 em 30 anos. Os índices foram levantados pelo IAB (Instituto Avante Brasil) a partir de dados do Datasus, do Ministério da Saúde.
A CADA DUAS HORAS
No início da década de 1980, uma mulher era assassinada a cada 6h28m28s no país. A escalada da violência fez com que o intervalo diminuísse.
Hoje, a cada 1h57m43s, há uma vítima de homicídio nesta parcela da população.
DELITÔMETRO
O IAB, criado pelo jurista Luiz Flávio Gomes, idealizou um "delitômetro" que apura em tempo real o número de homicídios de mulheres no país. O cronômetro está disponível no site da entidade, junto com outro índice que faz o cálculo de mortes no trânsito e assassinatos em geral.

Fonte. Folha de São Paulo e Agencia Patricia Galvão

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Câmara Municipal destaca ações da PMB em defesa dos direitos da mulher

Criada em Março de 2010 para promover a proteção e defesa dos direitos da mulher, a Coordenadoria da Mulher de Belém (Combel), através de sua coordenadora Kendra Botelho, foi homenageada na manhã desta sexta-feira ( 30) na Câmara Municipal. 
 
A homenagem aconteceu durante a sessão extraordinária, alusiva ao Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, comemorado no último dia 25.
 
O Pará é o quarto Estado no Brasil com maior número de ocorrências de violência contra a mulher e o Combel vem se destacando  no combate à ação e na proteção às vítimas, através de incentivo às políticas públicas.Muito emocionada durante o discurso de agradecimento, a coordenadora Kendra Botelho e mostrou sua preocupação com a continuação do trabalho." Quero que o futuro prefeito dê continuidade ao nosso trabalho e tenho certeza que ele vai saber fazer isso", declarou Kendra.
 
 O vereador reeleito, Abel Loureiro, responsável pela sessão, garantiu à titular do Combel que todo os esforços serão feitos nesse sentido.

Belém, 04/12/2012

Por Texto: Syanne Neno Fotos: João Gomes 
 

Violência doméstica e familiar à mulher é tema de debate na Câmara de Belém


Escrito por Dicos   
Seg, 03 de Dezembro de 2012 10:23

Na manhã de hoje (30.11), a Câmara Municipal de Belém realizou uma Sessão Especial em alusão ao Dia Municipal de Combate à Violência Doméstica e Familiar à Mulher, ocorrido no último 25 de novembro, atendendo à requerimento do vereador Dr. Abel Loureiro – DEM.





Em seu discurso, Dr. Abel destacou que "discutir a temática da violência à mulher deveria ser algo muito ultrapassado e de que não se precisaria de um dia ou de legislações para se combater qualquer forma de violência ou agressão à mulher. Porém, trata-se de uma triste realidade que merece ser prevenida e combatida".





Dentre os presentes à sessão, estava a vereadora eleita pelo PSOL, Meg Barros, que, ao comemorar os seis anos de vigência da Lei Maria da Penha, defendeu a divulgação dos seus princípios e a necessidade de conscientização das mulheres sobre o tema.
A precariedade dos abrigos das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar e de órgãos integrantes da rede de atendimento foi denunciada pela Coordenadora do Núcleo de Atendimento Especializado à Mulher da Defensoria Pública do Estado, Dra. Arleth Guimarães.


Ao término da Sessão, a Coordenadora da Mulher de Belém, Dra. Kendra Botelho, foi homenageada pela gestão à frente da Coordenadoria da Mulher – COMBEL, que se encerra no próximo 31 de dezembro. Os vereadores Abel Loureiro e Meg Barros se comprometeram a cobrar da nova gestão municipal especial atenção aos direitos das mulheres.
Compondo a mesa de trabalhos também estiveram: Professora Célia Pena, representando a SEMEC; Dr. Sandro Garcia Castro, Coordenador do Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher do Ministério Público Estadual; Dr. Monclar Bastos, Delegado da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra-ADESG/PA; Dr. Francisco Lopes, Secretário da ADESG-PA e Dr. Bertolino Neto, Delegado de Polícia.
Fonte: Câmara Municipal de Belém





Paulo Victor Ramos Corrêa

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Sesma apresenta dados de violência em Belém



Por Texto: Denise Silva %u2013 Ascom Sesma / Fotos: João Gomes - Comus

Um total de 4475 notificações de violência doméstica, sexual e outros tipos de violência foi registrado em Belém nos anos de 2009, 2010, 2011 e 1º semestre de 2012. Os dados são do primeiro boletim epidemiológico de casos de violência em Belém, que foi divulgado na manhã desta quarta-feira (07) durante um seminário com o tema “Violência, uma epidemia silenciosa”, realizado no auditório do Ministério Público do Estado, pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).
 
O Boletim apresentado aponta que no ano de 2010 foram notificados à Sesma 1140 casos, sendo que durante o ano anterior (2009) foram notificados apenas 650 casos. Em 2011 o número de casos notificados chegou a 1620. As ocorrências são de agressão sexual, moral, física e psicológica em homens, mulheres, crianças e idosos.
 
O aumento absoluto no número de notificações  se deve ao trabalho de busca, orientação aos profissionais e registro das ocorrências realizado nos hospitais, casas especializadas, Unidades Municipais de Saúde (UMS) e também devido à criação em 2010 do Núcleo de prevenção às Pessoas em Situação de Violência Doméstica e Promoção da Paz – NUPVID, que começou a estruturar a rede de notificação e atenção às pessoas em situação de violência. Outro ponto que favoreceu o aumento das notificações foi a criação da Portaria nº 104 (25/01/11) do Ministério da Saúde, que tornou obrigatória a notificação, por todos os profissionais de saúde, de todos os casos suspeitos ou confirmados de violência.
 
Dentre os casos notificados no período de 2009 a agosto de 2012, os tipos mais prevalentes foram de natureza sexual, com 3743 casos (40,6%); de natureza psicológica/moral, com 2546 casos (27,6%) e física, com 2234 casos (24,3%). Também foi percebido que a predominância dos casos de violência com pessoas do sexo feminino é maior, com 3706 dos casos (82,9%). A faixa etária mais vulnerável é de crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos, com 3954 casos. Os principais autores da agressão são pessoas próximas das vítimas, sendo os amigos e conhecidos responsáveis por 37,3% da violência praticada.
 
Segundo Maisa Gomes, coordenadora da Referência Técnica de Morbimortalidade por Acidentes e Violências da Sesma, no ano de 2009 as notificações eram realizadas apenas pela Santa Casa de Misericórdia. Com o início da estruturação da rede aumenta a cada mês o número de locais de notificação, assim como o número de notificações desses locais. “O número de notificações e locais notificadores ainda é reduzido, apesar das capacitações e visitas técnicas, mas vale considerar que a inserção deste tema no setor da saúde em Belém é recente, devendo aos poucos ser incorporado pelos gestores e profissionais de saúde, o que tende a aumentar nos próximos anos”, explica.
 
Ainda segundo a coordenadora, os resultados apresentados apontam o quanto é preciso melhorar a base e coleta de dados, bem como o encaminhamento correto das pessoas em situação de violência. “Os desafios são muitos e a realização da notificação é fundamental para o conhecimento do perfil da violência para intervenção. Trabalhar a prevenção em nível local através da intersetorialidade com formação de redes para atendimento às pessoas em situação de violência é indispensável para a condução de ações de prevenção e promoção da saúde”, disse Maisa.
 
Desde 2010, o NUPVID realiza capacitações com o objetivo de melhorar a formação dos profissionais que trabalham diretamente e indiretamente na luta contra a violência doméstica e sexual. Com as capacitações, o Núcleo pretende intensificar a prevenção para que esses casos não terminem nos prontos socorros, delegacias, ou até em uma possível morte. Os profissionais são capacitados para identificar a presença ou suspeita de violência em diferentes casos atendidos.