segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Apesar das desigualdades, Brasil sobe uma posição no ranking de desenvolvimento humano em 2011

Relatório também avalia o índice de desigualdade de gênero

03.11.2011 | PNUD e InfoMoney (ilustração: HowStuffWorks/ Alexandre Fukuda)
Apesar das desigualdades, Brasil sobe uma posição no ranking de desenvolvimento humano em 2011
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil avançou de 0,715 em 2010 para 0,718 em 2011 e fez o país subir uma posição no ranking global do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) deste ano. Com isso, o Brasil saiu da 85ª para a 84ª posição, permanecendo no grupo dos países de alto desenvolvimento humano. Intitulado "Sustentabilidade e equidade: Um futuro melhor para todos", o Relatório foi lançado ontem (quarta-feira, dia 2) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Copenhague, na Dinamarca.
O IDH varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano), e mede as realizações em três dimensões básicas do desenvolvimento humano - uma vida longa e saudável, o conhecimento e um padrão de vida digno. As três variáveis analisadas, dessa forma, são relacionadas à saúde, educação e renda.
O Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 apresenta valores e classificações do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para 187 países e territórios reconhecidos pela ONU.A Noruega, com IDH de 0,943, manteve a liderança do ranking, seguida por Austrália (0,929) e Países Baixos (0,910). Nas últimas posições, por outro lado, estão o Burundi (0,316), Níger (0,295) e a República Democrática do Congo (0,286), conforme publicado pela Agência Brasil.
Apesar dos avanços, o IDH 2011 do Brasil ainda está abaixo da média da América Latina, de 0,731, sendo que o País está atrás do Chile (0,805), Argentina (0,797), Uruguai (0,783), Cuba (0,776), México (0,770), Panamá (0,768), Peru (0,725) e Equador (0,720).
Na comparação com os países do Brics (Brasil, Rússia, China e Índia), entretanto, o IDH brasileiro é o segundo melhor, perdendo apenas para a Rússia.
Mudanças deste ano
No ranking global do IDH 2010, o Brasil obteve a classificação 73 entre os 169 países. No relatório deste ano foram inclusos 18 novos países e territórios e houve mudanças em dados e métodos.
O Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 mostra que o Brasil faz parte de um grupo de 36 dos 187 países que subiram no ranking entre 2010 e 2011, seguindo os dados recalculados para a nova base deste ano. Os outros 151 permanceram na mesma posição ou caíram.
Maior expectativa de vida
No caso brasileiro, esta evolução do IDH do ano passado para este ano contou com um impulso maior da dimensão saúde - medida pela expectativa de vida -, responsável por 40% da alta. As outras duas dimensões que compõem o IDH, educação e renda, responderam, cada uma, por cerca de 30% desta evolução.
Desigualdades
O Relatório do PNUD apresenta o IDH2011 sob três abordagens, entre elas da desigualdade de renda e entre gêneros. No Índice de Desigualdade de Gênero (IDG), em um ranking composto por 146 países, o Brasil ocupa a 80ª posição, com IDG de 0,449, atrás de nações como Chile, Argentina, Peru, México, Venezuela, Líbia, Líbano e Kwait.
Segundo o documento, em comparação com os homens, um percentual maior de mulheres têm alcançado pelo menos o nível de educação secundária - 48,8% delas, contra 46,3% deles. Apesar disso, a taxa de participação feminina no mercado de trabalho é de 60,1%, frente a 81,9% para os homens.
Outro traço marcante na desigualdade de gênero percebida no Brasil é o fato de apenas 9,6% dos assentos do Congresso Nacional serem ocupadas por mulheres.
Se o Índice de Desenvolvimento Humano fosse ajustado à desigualdade de renda (IDHAD), o Brasil perderia 13 posições.
18 países incluídos este ano
Palau, Cuba, Seychelles, Antígua e Barbuda, Granada, Líbano, São Cristóvão e Névis, Dominica, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Omã, Samoa, Territórios Palestinos Ocupados, Kiribati, Vanuatu, Iraque, Butão, Eritreia.

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