sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Mais da metade das ocorrências envolvendo a violência doméstica contra as mulheres brasileiras é de ameaça e de lesão corporal

Mulher em linha direta.

Os relatos de ameaça, lesão corporal e cárcere privado são os destaques do balanço da Central de Atendimento a Mulher - Ligue 180, da Secretaria de Política para as Mulheres (SPM). Os números referem-se aos atendimentos de janeiro a setembro deste ano. Nesse período, foram registradas 47.244 ocorrências de lesão corporal e 12.788 ameaças, o que corresponde a um aumento de 234% e 102%, respectivamente, quando comparadas ao mesmo período do ano passado. O número de mulheres presas em suas casas saltou de 86 para 359 (317%). A Central registrou 552.034 atendimentos somente este ano. Isso significa um aumento de 123% na procura pelo serviço, em relação ao mesmo período de 2009. Em quase 70% dos casos, os filhos presenciam as agressões. As 12.788 ameaças correspondem a
14,6% do total de atendimentos e os 47.244 relatos de lesão totalizam 54%. Os principais agressores são maridos, companheiros ou ex-companheiros. De acordo com os relatos, 58% das vítimas são agredidas diariamente. Em 51% dos casos, a mulher diz correr risco de morte.

“Pedimos que as autoridades policiais , agentes de segurança publica que acreditem quando uma mulher alega ter sido ameaçada, e provideciem de imediato as medidas protetivas. A denuncia , o relato , a decleração de que esta sendo ameaçada tem que ter credibilitade, Pois só a vítima é quem tem a real dimensão do risco que corre”.

No último domingo (10), em Itajaí (SC), Márcia Regina de Souza Pacheco
foi assassinada pelo ex-marido na frente de uma delegacia, depois de registrar sete boletinsrelatando a ameaça, de acordo com o previsto na Lei Maria da Penha. No começo do ano em Minas Gerais, a cabeleireira Maria Islaine de Morais, de 31 anos, também foi assassinada pelo ex-marido, depois fazer de cinco denúncias.

Lei Maria da Penha - Do total de informações prestadas pela Central (121.528), 50,4% correspondem à Lei Maria da Penha (61.280).Tipos de violência - Dos 88.960 casos de violência relatados, 51.736 correspondem à violência física, 1.873 à sexual (tipo de violência que mais aumentou), 10.569 à moral, 1.526 à patrimonial e 22.897 à psicológica..

68,8% dos agressores são os cônjuges /companheiros / ex-maridos;

De acordo com a Central, 38.020 mulheres são agredidas diariamente, o que corresponde a 58% do total de agressões, 39,3% (22.624) relataram que a violência começou desde o inicio da relação, 71% das vítimas mora com o agressor e 54.168 mulheres (66,5%) não depende financeiramente do companheiro.
Mais da metade das ocorrências envolvendo a violência doméstica contra as mulheres brasileiras é de ameaça e de lesão corporal.
Entre 1997 e 2007 foram quase 42 mil mulheres assassinadas no Brasil.
O breve relato com base nos dados disponibilizados pelas SSP´s mostra que o perfil traçado com base nos registros feitos pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 é um espelho da realidade nacional. Assim, com base nas informações do Ligue 180, podemos delinear um “perfil geral da violência”, onde observa-se que: 68,8% dos agressores são os cônjuges / companheiros / ex maridos;38,0% das vítimas se relacionam com o agressor há mais de 10 anos; 57,7% são agredidas diariamente; 50,3% se percebem em risco de morte; 68,3% declaram não depender financeiramente do agressor;
84,7% das vítimas possuem filhos; 68,9% declaram que os filho presenciam a violência;
Em 39,8% as agressões acontecem desde o início da relação; Em 71,7% dos casos a vítima coabita com o agressor
Fonte: SPM

O custo social e também econômico da violência, segundo dados do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento:
Um em cada 5 dias de falta ao trabalho no mundo é causado pela violência sofrida pelas mulheres dentro de suas casas.
A cada 5 anos, a mulher perde 1 ano de vida saudável se ela sofre violência doméstica.
O estupro e a violência doméstica são causas importantes de incapacidade e morte de mulheres em idade produtiva.
Uma mulher que sofre violência doméstica geralmente ganha menos do que aquela que não vive em situação de violência.
Estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento estimou que o custo total da violência doméstica oscila entre 1,6% e 2% do PIB de um país.

REDE DE SERVIÇOS

COMBEL— Coordenadoria da Mulher de Belém:Tel.: 3114 1030/31141040/87332378/87332323/8733-2978
CPDM - Tel: 4009-2718 / 4009-2725
CASA DA MULHER: TV. Bom Jardim,370-cidade Velha, Tel.32420642
CTA:Centro de Testagem e Aconselhamento- Tel.:3241-4066/3242-0642
CASA DIA: Rua Diogo Moía, 1119, Tel.: 3236-31-55/32360022.
CMCF- Conselho Municipal da Condição Feminina: Tel. :3182-1100
Casa Abrigo Emanuelle Rendeiro Diniz.
Casa Abrigo Unidade de Acolhimento Temporário
CRAS– Centro de Referencia da Assistência Social. Tel. 3276-0775-32712311/32441121/32381591/32494749/32296660.
CREAS– Centro de Espacialidade e Referencia da Assistência Social . Tel.: 3223-9755/3219-1133
DEAM- Delegacia da Mulher: Travessa Vileta n°2914 Tel.:3246-6470
Centro de Referencia Maria do Pará TV. Serzedelo Correa, 956. Tel.:3241-0433
Ministério Publico: Rua Joaquim Távora, 412. Tel.:4006-3662– Cidade Velha
Defensoria Publica- NAEM: Rua Gurupá, nº395. Tel.:3272-2084– Cidade Velha
1ªVara de Juizado da Violência contra a Mulher– Tel.:3205-2126
2ª Vara da Violência contra a Mulher– Tel.: 3205-2129
Santa Casa de Misericórdia do Pará. Tel: 4009-2287/4009-2200
Disque Denuncia Estadual. Tel: 181– 
Disque Denuncia Nacional Tel.– 100– Criança e  Adolescente
Disque Denuncia Violência Contra a Mulher. Tel.: 180
Conselho Tutelar. Tel.: 3219-1203/3297-7001/3279-5609/3219-5700/3267-1429/3771-1107/3279-613








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