Mulher em linha direta.
Os relatos de ameaça,
lesão corporal e cárcere privado são os destaques do balanço da Central de
Atendimento a Mulher - Ligue 180, da Secretaria de Política para as Mulheres
(SPM). Os números referem-se aos atendimentos de janeiro a setembro deste ano.
Nesse período, foram registradas 47.244 ocorrências de lesão corporal e 12.788
ameaças, o que corresponde a um aumento de 234% e 102%, respectivamente, quando
comparadas ao mesmo período do ano passado. O número de mulheres presas em suas
casas saltou de 86 para 359 (317%). A Central registrou 552.034 atendimentos
somente este ano. Isso significa um aumento de 123% na procura pelo serviço, em
relação ao mesmo período de 2009. Em quase 70% dos casos, os filhos
presenciam as agressões. As 12.788 ameaças correspondem a
14,6% do total de
atendimentos e os 47.244 relatos de lesão totalizam 54%. Os principais
agressores são maridos, companheiros ou ex-companheiros. De acordo com os
relatos, 58% das vítimas são agredidas diariamente. Em 51% dos casos, a mulher
diz correr risco de morte.
“Pedimos que as autoridades policiais , agentes
de segurança publica que acreditem quando uma mulher alega ter sido ameaçada, e
provideciem de imediato as medidas protetivas. A denuncia , o relato , a
decleração de que esta sendo ameaçada tem que ter credibilitade, Pois só a
vítima é quem tem a real dimensão do risco que corre”.
No último domingo
(10), em Itajaí (SC), Márcia Regina de Souza Pacheco
foi assassinada pelo
ex-marido na frente de uma delegacia, depois de registrar sete boletinsrelatando
a ameaça, de acordo com o previsto na Lei Maria da Penha. No começo do ano em
Minas Gerais, a cabeleireira Maria Islaine de Morais, de 31 anos, também foi
assassinada pelo ex-marido, depois fazer de cinco denúncias.
Lei Maria da
Penha - Do total de informações prestadas pela Central (121.528), 50,4%
correspondem à Lei Maria da Penha (61.280).Tipos de violência - Dos 88.960
casos de violência relatados, 51.736 correspondem à violência física,
1.873 à sexual (tipo de violência que mais aumentou), 10.569 à moral, 1.526 à
patrimonial e 22.897 à psicológica..
68,8% dos
agressores são os cônjuges /companheiros / ex-maridos;
De acordo com a Central, 38.020 mulheres são
agredidas diariamente, o que corresponde a 58% do total de agressões, 39,3%
(22.624) relataram que a violência começou desde o inicio da relação, 71% das
vítimas mora com o agressor e 54.168 mulheres (66,5%) não depende
financeiramente do companheiro.
Mais da metade das
ocorrências envolvendo a violência doméstica contra as mulheres brasileiras é
de ameaça e de lesão corporal.
Entre 1997 e 2007
foram quase 42 mil mulheres assassinadas no Brasil.
O breve relato com base nos dados disponibilizados
pelas SSP´s mostra que o perfil traçado com base nos registros feitos pela
Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 é um espelho da realidade nacional.
Assim, com base nas informações do Ligue 180, podemos delinear um “perfil geral
da violência”, onde observa-se que: 68,8% dos agressores são os cônjuges / companheiros
/ ex maridos;38,0% das vítimas se relacionam com o agressor há mais de 10 anos;
57,7% são agredidas diariamente; 50,3% se percebem em risco de morte; 68,3%
declaram não depender financeiramente do agressor;
84,7% das vítimas possuem filhos; 68,9% declaram que
os filho presenciam a violência;
Em 39,8% as agressões acontecem desde o início da
relação; Em 71,7% dos casos a vítima coabita com o agressor
Fonte:
SPM
O custo social e também econômico da violência, segundo
dados do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento:
Um em cada 5 dias de falta ao trabalho no mundo é
causado pela violência sofrida pelas mulheres dentro de suas casas.
A cada 5 anos, a mulher perde 1 ano de vida saudável
se ela sofre violência doméstica.
O estupro e a violência doméstica são causas
importantes de incapacidade e morte de mulheres em idade produtiva.
Uma mulher que sofre violência doméstica geralmente
ganha menos do que aquela que não vive em situação de violência.
Estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento
estimou que o custo total da violência doméstica oscila entre 1,6% e 2% do PIB
de um país.
REDE DE
SERVIÇOS
COMBEL— Coordenadoria da Mulher
de Belém:Tel.: 3114 1030/31141040/87332378/87332323/8733-2978
CPDM - Tel: 4009-2718 / 4009-2725
CPDM - Tel: 4009-2718 / 4009-2725
CASA DA MULHER: TV.
Bom Jardim,370-cidade Velha, Tel.32420642
CTA:Centro de Testagem e
Aconselhamento- Tel.:3241-4066/3242-0642
CASA DIA: Rua Diogo Moía, 1119,
Tel.: 3236-31-55/32360022.
CMCF- Conselho Municipal da
Condição Feminina: Tel. :3182-1100
Casa Abrigo Emanuelle Rendeiro Diniz.
Casa Abrigo Unidade de Acolhimento Temporário
CRAS– Centro de Referencia da
Assistência Social. Tel.
3276-0775-32712311/32441121/32381591/32494749/32296660.
CREAS– Centro de Espacialidade
e Referencia da Assistência Social . Tel.: 3223-9755/3219-1133
DEAM- Delegacia da Mulher:
Travessa Vileta n°2914 Tel.:3246-6470
Centro de Referencia Maria do Pará TV. Serzedelo Correa, 956. Tel.:3241-0433
Ministério Publico: Rua Joaquim Távora, 412. Tel.:4006-3662– Cidade
Velha
Defensoria Publica- NAEM: Rua Gurupá, nº395. Tel.:3272-2084– Cidade
Velha
1ªVara de Juizado da Violência contra a Mulher– Tel.:3205-2126
2ª Vara da Violência contra a Mulher– Tel.: 3205-2129
Santa Casa de Misericórdia do Pará. Tel: 4009-2287/4009-2200
Disque Denuncia Estadual.
Tel: 181–
Disque Denuncia Nacional
Tel.– 100– Criança e Adolescente
Disque Denuncia Violência
Contra a Mulher. Tel.: 180
Conselho Tutelar. Tel.:
3219-1203/3297-7001/3279-5609/3219-5700/3267-1429/3771-1107/3279-613
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