A ideia de uma campanha conjunta foi acertada nesta
terça-feira (10/7), em encontro sobre a Lei Maria da Penha, promovido
pela Comissão de Acesso à Justiça e Cidadania do CNJ e pela SPM, na sede
do Conselho em Brasília. Participaram representantes do Ministério
Público, Defensoria Pública e Coordenadorias Estaduais das Mulheres em
Situação da Violência Doméstica e Familiar.
No encontro no CNJ, os representantes discutiram os resultados do Mapa da Violência – estudo realizado pelo Instituto Sangari, sob a coordenação da SPM. De acordo com a pesquisa, de 1980 a 2010 aproximadamente 91 mil mulheres foram assassinadas no Brasil, sendo 43,5 apenas na última década.
Maiores índices - A pesquisa também elencou as unidades da Federação com os maiores índices de violência contra a mulher. O Espírito Santo lidera o ranking nacional: com taxa de 9,4 homicídios para cada 100 mil habitantes. A juíza auxiliar da Comissão de Acesso à Justiça e Cidadania Luciane Bortoleto explicou que o objetivo é realizar o lançamento da campanha nos Estados de cada região do País que registram o maior número de assassinatos de mulheres. Na Região Sudeste, o lançamento ocorrerá, portanto, no Espírito Santo. A data definida foi o próximo dia 24 de agosto.
No dia 28 de setembro, o lançamento está previsto para ocorrer em Alagoas – estado da Região Nordeste com o maior índice de homicídios femininos (taxa de 8,3 para cada 100 mil mulheres). No dia 14 de dezembro, deverá ser a vez de a campanha ser lançada no Paraná – unidade da federação da Região Sul com taxa de assassinato entre mulheres de 6,3.
O Pará, estado da Região Norte com maior com taxa de homicídios femininos (6,0 entre cada 100 mil habitantes), teve o lançamento da campanha agendado para 19 de novembro. No Centro Oeste, o lançamento está previsto para o dia 7 de dezembro, no Mato Grosso do Sul – estado que registrou taxa de 6,0 de assassinatos entre mulheres.
Na reunião no CNJ, também foram definidos os representantes de cada Estado responsáveis por articular, junto ao Tribunal de Justiça, o Ministério Público, Defensoria Pública e demais órgãos de seus Estados, a realização do evento de lançamento.
“Nossa ideia é comprometer os tribunais a tratar a violência contra a mulher não apenas no âmbito da Lei Maria da Penha, mas como um todo. Queremos maior mobilização”, explicou Luciane Bortoleto. O encontro dos profissionais que atuam no combate à violência contra a mulher prossegue nesta quarta-feira (12/7), na sede do CNJ. Participará também a senadora Ana Rita (PT-ES), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que apura esses casos.
Fonte : Agencia Patricia Galvão
Agencia CNJ
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