quarta-feira, 4 de julho de 2012

São Paulo não investe no atendimento à mulher atingida pela violência, diz Marta Suplicy

Em pronunciamento nesta terça-feira (3), a senadora Marta Suplicy (PT-SP) lamentou que não exista um plano integrado do governo de São Paulo para combater a violência praticada contra a mulher no estado.
- Há seis anos a Lei Maria da Penha esta aí e nada aconteceu até agora – disse a senadora, que citou o assassinato de 663 mulheres em São Paulo em 2010, “praticamente duas mortes por dia”. Marta Suplicy disse que os números são gigantescos e assustam, assim como o crescimento da violência e do assassinato de mulheres no interior, o que evidencia a necessidade de ampliação dos serviços em diversas regiões.
- A violência se tornou um fenômeno. Os homens morrem nas ruas, e as mulheres são agredidas nas suas casas – disse a senadora, com base em dados do Mapa da Violência 2012 do Instituto Sangari. Marta Suplicy lembrou que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura a violência contra a mulher realizou seis audiências públicas regionais em São Paulo para “tentar entender e diagnosticar o que ocorreu com a Lei Maria da Penha”.
- As informações são aviltantes, não se cumpre a lei nos estados mais distantes, e também no
estado mais rico da Federação - afirmou. Marta Suplicy disse que das 125 delegacias em São Paulo especializadas no atendimento à mulher, quatro foram fechadas e apenas uma delas oferece atendimento 24 horas na cidade que foi pioneira no atendimento a esses casos.
A senadora defendeu a criação de um núcleo especial do Ministério Público no estado e de núcleos
de saúde, além da capacitação de promotores de Justiça para atuar nos casos previstos na Lei
Maria da Penha.
Em aparte, a relatora da comissão, senadora Ana Rita (PT-ES), disse que é preciso investir na
qualificação profissional de quem atua no atendimento às mulheres vítimas de violência.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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